Não é de hoje que ongs e defensores de direito dos animais levantam a questão a respeito das penas usadas nas fantasias e alegorias de carnaval. De acordo com o a ONG Ampara Animal as penas são retiradas das aves vivas a sangue frio e milhares de aves morrem todo ano. As mais cobiçadas são as de faisão e pavão entre outras aves exóticas. Mas a polêmica toda deste carnaval de 2019 partiu das penas usadas na fantasia da atriz e rainha de bateria Juliana Paes.
A escola de samba Grande Rio decidiu "homenagear" a "ave do Paraíso"; animal raro e em risco de extinção. Até aí tudo bem. Porém, a declaração do comentarista carnavalesco da Globo Milton Cunha causou revolta em ambientalistas e defensores dos direitos dos animais de todo país, quando afirmou que as penas da fantasia de cabeça de Paes eram raras e vieram da Indonésia. O comentarista ainda deu detalhes: "São penas do rabo da ave." Disse Milton Cunha. Por outro lado a atriz Juliana Paz se defende do bombardeio de acusações feitas em suas redes sociais por milhares de internautas. “Usei neste carnaval uma réplica da ave do paraíso com materiais reformados que entrariam em descarte não fosse a recuperação. E todas as penas foram recicladas de acervos de anos anteriores e reutilizados com nova coloração”. Diz Juliana Paes. Algumas musas e celebridades optaram por fantasias sem penas e plumas. Este foi o caso da musa da rainha de bateria da União da Ilha, Gracyane Barbosa.
Agora cabe as autoridades e ao governo criar rígidas leis, e intensa fiscalização para que a beleza dos desfiles de carnaval não seja manchada pelo sangue de animais inocentes.
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